Cosplay, idioma japonês e relacionamento amoroso



Cosplay ajuda a melhorar o idioma japonês e uncasais
Brasileiros se socializam e aprendem japonês
ao se vestir como personagens de animação

A dificuldade com o idioma japonês não é empecilho para quem é fanático por mangas, animes e games japoneses. Entre os cosplayers, pessoas que se vestem como seus personagens favoritos, a língua é a porta de entrada para este mundo repleto de fantasia e imaginação da cultura nipônica.
Muito antes de começar a confeccionar as roupas de seus heróis prediletos, o cosplayer Edmar Yukio Yairo, 27, residente em Shizuoka, praticava o idioma japonês com a leitura de mangas. Ainda hoje o hobby o ajuda a aperfeiçoar a língua. De acordo com ele, mesmo que não se conheça muitos kanjis, dá para entender o enredo. “A dica para quem quer ingressar neste universo é o manga da categoria shoonen”, diz Yairo, pois fornece a leitura silábica de cada ideograma. E ler as histórias com um dicionário nas mãos ajuda muito. “Pode dar trabalho, mas enquanto você aprende coisas novas, acaba se divertindo com a história”, assegura.
Alexandre Kuni Fujioka, 22, de Tsukuba (Ibaraki), é outro que aproveita o gosto pela cultura japonesa para aprender a língua. Ele revela que causa uma certa inveja nos seus amigos do Brasil por morar no Japão. “É que aqui temos mais acesso e facilidade para comprar jogos, animes, mangas”, diz.
O sonho de disputar o campeonato mundial WCS (World Cosplay Summit) no Japão terminou em namoro para Geraldo José Cecílio Jr. e Gabrielle Christine Valerio. Eles se conheceram em 2003, em São Paulo. “Entre os bastidores de um evento de cosplay e outro, começamos a namorar”, lembra Gabrielle. Eles realizaram o desejo de ir ao Japão em momentos separados. Cecílio venceu a etapa nacional em 2009 com o parceiro Renan Aguiar e representou o Brasil em Nagoia no evento promovido pela TV Aichi. Já Gabrielle, juntamente com o parceiro Gabriel Niemietz, que foi campeão mundial em 2008, fez uma apresentação do jogo Valkyrie Profile 2 na etapa brasileira do AnimeXtreme e os dois ganharam o direito de defender o Oapis no WCS 2010. “Foi uma coincidência engraçada. Queríamos ir ao Japão e só conseguimos quando nos separamos para competir”, diz Gabrielle.A comunidade do Orkut “Moro no JP e sou fã de anime”, criada em 2005, já formou dois casais. O fundador Felipe Tanaka, que vive em Kanagawa, conheceu a namorada Akemi Yamazaki, de Chiba, em um desses encontros. “O fato de termos o mesmo hobby ajudou bastante”, diz Tanaka.
Ryuji Yamashinamashina, de Hamamatsu, e Mika Fukushima, de Kosai, cidades de Shizuoka, se conheceram da mesma maneira. O casal comparece todos os anos fantasiado ao WCS para dar apoio aos brasileiros no evento. “Nosso papel é torcer e vibrar por eles”, frisa Mika. Mas antes da torcida, eles capricham nas roupas e na maquiagem para interpretar seus personagens prediletos. “Todo mês fazemos uma lista do que precisamos comprar para elaborar as roupas. Exige planejamento, é cansativo, mas vale a pena. Eu e Mika estamos sempre juntos e fazemos o que gostamos”, conclui Yamashina.


FONTE: Alexander Kanashiro;
http://www.nippo.com.br/2.noticias/566.shtml

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